segunda-feira, 3 de outubro de 2011

NEM BARRO NEM TIJOLO!


A modernidade está velha, raquítica, diabética e hipertensa. A pós-modernidade, sua filha bastarda, já pirou, encheu a cara de ácidos, fez três abortos e andou flertando com velhos magnatas que só costumam tomar banho aos sábados. Dizem por aí  que ambas, mãe e filha, filha e mãe já marcaram o lugar e a hora do suicídio. Querem entrar pra história de forma honrosa. Sabem que se ficarem por aqui zanzando assim, sem rumo, se tornarão em breve tempo ilustres e desrespeitadas desconhecidas, pois o futuro tem memória curta e já sofre de Alzheimer. O passado passou voando por aqui e já está devidamente instalado lá na próxima encruzilhada, esperando o momento propício para atacar os primeiros incautos que surgirem. E o agora, agora é assim: Nem barro nem tijolo. Afinal ficamos todos olhando nossas sombras desgarrando-se de nós e fugindo em desabalada carreira. O que fazer, então? Esperar, esperar e esperar que um objeto não identificado, vindo sabe lá de onde, nos resgate desse imenso tsunami de vazios... Até lá, que tal jogarmos alguns milhos aos pombos da praça?

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